sábado, 5 de junho de 2010

Almas Inquietas


Meninos, ainda muito meninos, foi assim que tudo começou.
Numa inquietude de almas gémeas, do não saber porquê
Começou a nascer uma sede delicada de troca de olhares profundos
Que firmaram duas almas gémeas que ainda hoje se desassogam
Estradas e caminhos foram percorridos, mas o fio que liga a existência do ser
E agora já crescidos
O perfume da inquietude, ainda mantém o fito da razão
Razão, por vezes pergunto, qual razão: da existência do Ser, do Amor, da Vida, da Beleza, da Sedução.
Não encontro resposta!
Sinto-me presa mas no paradoxo de sentir vontade de voar
Mas não tenho como me alimentar.
Inquieto-me por momentos, porque sinto que quero voar
Tenho sede, tenho fome,
Mas falta-me o deslumbramento da loucura.
Poderia sê-lo se o mundo me compreendesse.
Ah, a minha alma gémea fala-me de loucura...
Algo de transcendental liga com fortaleza estes dois seres
Que não sabem como remar este mar azul
Benzido por um encantamento que até as sereias mais inocentes
Se inquietam com esta magnificiência do desejo, da procura, do sentimento
Da imortalidade que poderá ser O AMOR!


Alma Gémea

1 comentário:

a outra alma disse...

Lindo, sentido, profundo, expressivo...arrepiei-me!!!

Senti o que escreves-te como se as tuas palavras estivessem a sair da boca de um "anjo"... fechei os olhos e sonhei...

Deixas-me louco de desejo!!